Partidos já se movimentam nos bastidores para ocupar as principais secretarias na próxima gestão de Paulo Garcia. Pastas de Finanças e Desenvolvimento Urbano Sustentável são as mais cobiçadas. Última troca de secretariado promovida pelo petista não agradou ao PMDB, que se sentiu desprestigiado e viu seus pedidos não serem atendidos. Agora, a crise pode se dar no segundo escalão.
O que todos esperavam já acontece. A guerra de bastidores entre PMDB e PT para ocupar os principais cargos da prefeitura de Goiânia na próxima gestão de Paulo Garcia (PT). As articulações se intensificaram após Paulo convidar o professor de cinema da UFG, Lisandro Nogueira, para ocupar a Secretaria de Cultura. Lisandro não aceitou o chamado do petista.
O prefeito só vai anunciar os membros de sua equipe no começo de janeiro e as pastas principais vão ficar mesmo nas mãos de PMDB e PT. Reportagem de O Popular afirma que a secretaria de Finanças dificilmente continue nas mãos dos peemedebistas. Já a Comurg, a secretaria de Obras e de Habitação devem ficar com o PMDB.
Outra diretriz que tem gerado atritos e apreensão é a substituição dos titulares da maioria dos cargos de segundo escalão, que entraram na administração de Iris Rezende e permaneciam na gestão do petista. Agora, esses cargos devem migrar para o PT, gerando grande insatisfação no aliado PMDB.
Para o PT podem sobrar a Educação, Comunicação e Saúde e também a AMT. Nesta segunda-feira a jornalista Sirlene Mendonça foi confirmada como a nova assessora de imprensa do prefeito. Ela substitui o jornalista Rodrigo Czepak.
Nesta engenharia dos cargos ainda tem os vereadores que podem assumir pastas deixando vagas para os suplentes. Uma das mais cotadas é a vereadora Célia Valadão (PMDB). Ela tem bom relacionamento com Paulo e inclusive acompanhou o prefeito na viagem que ele fez à Colômbia no mês passado.
Célia Valadão também já foi secretária de Paulo quando era a chefe da secretaria de Assistência Social. Ao mesmo tempo, a vereadora também é cotada para a presidência da Câmara – outra disputa que está esquentando os bastidores de PT e PMDB.
Árdua tarefa
Desde que a aliança entre PMDB e PT foi firmada para a eleição de Iris Rezende em 2004, a guerra de cargos travada pelos dois partidos virou tradição. Tanto Iris como Paulo Garcia tiveram que mostrar jogo de cintura para contemplar as duas legendas de forma isonômica e sem criar grandes arestas – no entanto os ciúmes e a guerra fria são inevitáveis.
Antes de ser reeleito, Paulo Garcia fez uma reforma que não agradou ao PMDB. Na ocasião os peemedebistas continuaram com o mesmo número de pastas, mas perderam o comando da secretaria de Assistência Social, por exemplo. Saiu Célia Valadão e entrou o ex-prefeito Darci Accorsi (PT). Os deputados do PMDB também queriam que Paulo puxasse um deputado estadual para que a suplente Adriete Elias assumisse a vaga na Assembleia e o prefeito não realizou este desejo dos peemedebistas.
Goias247
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