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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

DIVIDIDA, OPOSIÇÃO BATE CABEÇA PARA DISPUTA DE 14

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Lideranças de PT e PMDB já duelam pela indicação do candidato para o Palácio das Esmeraldas e indicam que podem partir divididas para a disputa; parelalamente, legendas menores, ora alinhadas ora distantes da base alidada do governo Perillo, também tentam viabilizar seus candidatos à sucessão estadual, como no caso do DEM de Ronaldo Caiado, do PSB de Júnior do Friboi e de Vanderlan Cardoso, ainda sem partido


Goiás247_ O resultado das eleições municipais desencadeou uma profunda guerra de bastidores entre os principais partidos de oposição ao governo de Goiás e pode implodir a aliança entre PT e PMDB. A dois anos da sucessão estadual, as lideranças das duas legendas já duelam pela indicação do candidato para o Palácio das Esmeraldas e indicam que podem partir divididas para a disputa.
 
Parelalamente, legendas menores, ora alinhadas ora distantes da base alidada do Governo de Goiás, também tentam viabilizar seus candidatos à sucessão estadual. É o caso do DEM de Ronaldo Caiado, do PSB de José Batista Júnior (Júnior do Friboi) e de Vanderlan Cardoso (ex-PR, ex-PMDB e agora sem partido). Elas têm em comum o fato de se concentrarem numa guerra fratricida de nomes, sem contudo discutir novos projetos e propostas de gestão para a administração estadual.
 
A disputa mais pesada, no entanto, é entre PMDB e PT. O debate sobre a escolha do candidato dos partidos ao governo começou tão logo os três principais prefeitos dos partidos sinalizaram com a vitória já no primeiro turno – Paulo Garcia (Goiânia, PT; Roberto Gomide, Anápolis, PT e Maguito Vilela, PMDB, Aparecida de Goiânia). Ambos dizem ter saído fortalecidos das eleições municipais e reivindicam o direito de indicar a cabeça de chapa. Enquanto isso, seguem sem propostas para apresentar para os eleitores.
 
O conflito entre PT e PMDB, que antes parecia reservado às cúpulas dos partidos, já começa a tomar proporções públicas. Na semana passada, ambas as legendas revelaram, em paralelo, que pretendem reunir seus prefeitos, separadamente, para discutir a sucessão estadual de 2014. A informação foi publicada pelo jornalista Jarbas Rodrigues Júnior, titular do Giro, do jornal O Popular, de Goiânia. Reservadamente, lideranças de ambos os partidos já dizem que não abrirão mão da indicação do candidato ao Governo de Goiás.
 
PT e PMDB também fazem uma ofensiva sobre partidos menores, como o PSB e o PDT, e já manifestação a insatisfação com projetos individuais nas legendas. É o caso de Júnior do Friboi, que irritou o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende, cacique maior do PMDB, ao propor que os peemedebistas "se unam" ao projeto pessebista para a eleição de 2014.
 
Iris e o PT do deputado federal Rubens Otoni também tem manifestado insatisfação com a movimentação do ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso, que também tem afirmado ser pré-candidato ao governo estadual. Vanderlan deixou o PMDB menos de um ano após se filiar no partido em grande ato da legenda, com a promessa de ser o candidato das oposições ao governo. Insatisfeito com o centralismo de Iris, porém, Vanderlan saiu do PMDB atirando, fazendo duras críticas à condução da legenda e o tratamento dado a novas lideranças.
 
Tanto no caso Júnior do Friboi quanto no de Vanderlan, pesa o resultado ruim de seus grupos políticos nas eleições e a falta de traquejo de ambos para a lida política.
 
O caso de Ronado Caiado (DEM) é considerado por todos uma questão absolutamente à parte. Primeiro, pela notável capacidade do deputado federal de, sucessivas vezes, esvaziar o próprio partido. Em 2003, o deputado decidiu lançar Demóstenes Torres ao governo do Estado e, do dia para noite, o partido perdeu 28 dos 32 prefeitos da legenda, que optaram por marchar com Marconi Perillo, candidato à reeleição. O rebatismo do PFL em DEM deu um novo fôlego para a legenda, mas, em Goiás, graças ao estilo de Caiado de conduzir o partido com mão de ferro, os democratas foram dragados pelo recém-fundado PSD.
 
Nos bastidores, a candidatura de Ronaldo Caiado é tratada, em função disso, como uma postulação frágil. Tanto porque a maioria dos que ainda restam no DEM já terem manifestado seu apoio à reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB) quanto pelo fato de que Caiado já é considerado um político fora do jogo em disputas majoritárias. "O lugar de Caiado, com sua verve incontida, é no Parlamento", afirma um democratada decano no partido. Segundo ele, pegou mal a insistência de Caiado e Vanderlan em forçar o lançamento da candidatura do vereador Simeyzon Silveira (PSC) para prefeito de Goiânia para, deliberda e antecipamente, usá-lo como trampolim para divulgar os nomes dos dois para o governo de Goiás.

Fonte:Goiás247.

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