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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CENÁRIO POSITIVO VITAMINA PERILLO PARA PLEITO DE 2014

Lailson Damasio                 :

Novas circunstâncias políticas, investimentos bilionários, crescimento econômico e reaproximação com prefeitos facilitam caminho para governador tentar reeleição; com profusão de nomes e egos, oposição contabiliza dificuldades para próximo enfrentamento; na foto, tucano recebe prefeitos da base aliada em palácio


O recente encontro do governador Marconi Perillo (PSDB) com os prefeitos eleitos no início do mês marca uma nova fase política no Estado. Trata-se da recuperação de diálogo entre os chefes de executivos municipais e o governador. Desde sua eleição, em 2010, Perillo tenta se aproximar dos prefeitos. Agora, com a oportunidade de acompanhar o início das gestões, abriu-se o período de lua de mel com o Palácio das Esmeraldas.
Outro fator que chama atenção, e preocupa os adversários, é a rápida recuperação da imagem e a capacidade de articulação do governador. Em parte, a resgate da popularidade de Perillo consolida seu nome para a disputa em 2014.
Uma das principais estratégias do governador e a que mais preocupa seus adversário é o fato de Perillo não separar prefeito de oposição de prefeito da base. A espontaneidade nas relações entre as lideranças municipais e o provável candidato à reeleição desarma o primeiro discurso dos opositores. Indiretamente, o tucano mina a tentativa dos adversários usarem o exército de prefeitos contra ele. O caso de Maguito Vilela (PMDB), reeleito em Aparecida de Goiânia, é exemplar pela parceria administrativa. No caso do também reeleito Paulo Garcia (PT), em Goiânia, a relação de cordialidade proporciona desenvolvimento, como no caso do Veículo Leve sob Trilhos (VLT), intervenção que vai modificar o perfil do transporte público da Capital, considerado o maior problema do município.
Durante o período eleitoral, as pesquisas quantitativas realizadas nas principais cidades do estado mostram a recuperação da imagem de Perillo. Atingido pela operação Monte Carlo, o tucano viu sua popularidade desabar. Mas bastou enfrentar os fatos, encarar de frente a CPMI do Cachoeira e colocar à disposição da Justiça seus sigilos (os líderes da oposição recorreram ao Judiciário para impedir que suas contas fossem esquadrinhadas pela CPI da Assembleia) e o gestor começou a diminuir as oposições - em parte provocadas pela imprensa interessada nos incrementos de verbas publicitárias.
A própria oposição, que inicialmente achava fácil vencer o embate em 2014, começou a fazer uma leitura mais precisa do cenário político. O pré-candidato Vanderlan Cardoso abandonou o PMDB após perceber que não teria espaço em 2014. De forma menos dolorida, Júnior Friboi (PSB) percebeu que não bastava caminhar pelos municípios para pavimentar sua vitória.
Por sua vez, a vitória de partidos da base aliada ao governador em 46 dos 60 maiores municípios, além da vitória na maioria das 246 cidades de Goiás, mostrou que existia mais uma simulação de enfrentamento do que um confronto real.
Caixa
A expectativa da base aliada, incluindo até mesmo prefeitos da oposição, é de que cheguem muitas obras às cidades. A melhor notícia do ano para Perillo foi a liberação de recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e demais acordos com a presidenta Dilma Rouseff (PT), a quem ele não cansa de agradecer em seus discursos. Com a conta bancária recheada, o tucano, que na oposição é um adversário duro, com o poder da caneta na mão flerta com a invencibilidade. Por isso mesmo começa a resgatar apoios.
A junção de uma oposição que ruma para o racha, os investimentos projetados (R$ 4 bi para 2013), boa costura na Assembleia Legislativa e gestões que tendem a dar resultados positivos na saúde e na educação é a som a de elementos que pode isolar completamente os adversários em 2014. Junte-se a isso a possível melhora do quadro da segurança pública, que terá à frente um delegado da Polícia Federal, a economia a pleno vapor, a notícia de que R$ 2,37 bi serão investidos em montadoras de automóveis no Estado e várias outras bandeiras – ainda sequer assimiladas plenamente pelos marconistas.
Nunca a candidatura do líder do grupo esteve tão comentada. A turbina que move a possível reeleição do governador é totalmente diferente da que funciona há quatros meses. Daí a possibilidade das eleições de 2014 serem, de fato, decididas dois anos antes, talvez agora na virada de 2012 para 2013.

fonte:Goiás247

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