O contraventor Carlinhos Cachoeira pode sair da prisão em menos tempo do que se esperava. O recurso dos advogados do contraventor em que é pedido o habeas corpus está nas mãos do desembargador federal Tourinho Neto, que em junho concedeu liberdade ao contraventor. Na ocasião, Tourinho concedeu um HC a Cachoeira, mas o recurso foi cassado pelo ministro Gilson Dipp, no STJ. Cachoeira está preso desde a última sexta-feira, quando o juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara da Justiça Federal, o sentenciou a 39 anos e oito meses de prisão por conta do processo da Operação Monte Carlo.
Também no último dia 3, a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), de Tourinho Neto, manteve Cachoeira em liberdade. O TRF-1 analisou recurso contra decisão liminar que determinou liberdade a Cachoeira em relação à Monte Carlo, na qual ele foi preso em 29 de fevereiro.
A defesa de Cachoeira alegou que houve excesso de prazo para a conclusão da investigação, e o argumento havia sido aceito pelo relator, desembargador Tourinho Neto.
O desembargador e sua turma têm outros históricos pró-Cachoeira. Sua turma no TRF mandou devolver os R$ 100 mil de fiança pagos pela companheira de Cachoeira, Andressa Mendonça, por tentar corromper um juiz. E foi Tourinho também que permitiu as visitas íntimas de Andressa a Cachoeira no presídio da Papuda, no Distrito Federal.
O comportamento de Tourinho Neto no caso de Cachoeira fez com que o desembargador fosse criticado pelo juiz da Operação Monte Carlo, Alderico Rocha. No final de novembro, Alderico enviou um ofício de três folhas ao TRF dizendo que Tourinho “tem imposto constrangimentos e elevada carga de estresse" a ele e a outros dois magistrados que atuam no processo onde figuram Carlinhos Cachoeira e outros réus.
O juiz também acusou o desembargador de beneficiar o bicheiro com fases processuais que não estão previstas na lei.
Goias247
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