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terça-feira, 6 de novembro de 2012

PMDB se articula para tentar eleger governador em 2014


PMDB se articula para tentar eleger governador em 2014
O partido se reuniu na manhã desta terça-feira, 6, para orientar os prefeitos eleitos e dar início às discussões que levarão às eleições ao governo do Estado. Porém, PT pode lançar candidato e dividir a oposição
Edilson Pelikano
Nesta manhã o PMDB reuniu grande parte de seus prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos em Goiás para repassar sugestões às administrações municipais e tratar sobre 2014
Marcos Nunes Carreiro
Na manhã desta terça-feira, 6, o PMDB reuniu grande parte de seus prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos em Goiás para repassar sugestões às administrações municipais. Mas o aspecto principal do seminário é a discussão da proposta de composição de chapa para as eleições de 2014, que será formada, segundo a intenção inicial, com o PMDB na cabeça e o PT no apoio, já que foi esse o acordo que elegeu Paulo Garcia (PT) em Goiânia.

Pode-se dizer que todos os peemedebistas defendem a candidatura do partido para concorrer ao governo do Estado. Alguns componentes do partido, como o deputado federal Sandro Mabel, são mais cautelosos em suas afirmações. “Quando o partido conversa e melhora seu time, ele está se preparando para embates. Estamos reestruturando nosso diretório para que em todos os municípios estejamos presentes de forma ativa. Não podemos admitir que uma cidade não lance candidatos. Isso deve ser mudado e é em cima disso que vamos nos preparar para os próximos anos”, disse.

Mas também existem os entusiastas à proposta de candidato próprio. É o caso da deputada federal Iris Araújo, Dona Iris. Em discurso inflamado, ela bradou sua defesa ao que chamou “grandiosidade do partido”. “Essa é a hora em que cada partido precisa fazer sua avaliação independentemente. A partir daí vamos verificar o cenário que nos propicie trabalhar no sentido de ter candidatura própria. O PMDB precisa se assumir como partido grande. Temos que defender o partido e saber que temos plenas condições de fazer um governador do PMDB.”, bravejou.

Para o deputado estadual e presidente do Diretório Metropolitano do PMDB, Wagner Siqueira, o partido “continua como o maior partido tanto a nível nacional quanto estadual. Elegemos 57 prefeitos e mais de 390 vereadores. E se chegarmos aos municípios do interior e perguntarmos: quem construiu o ginásio, quem fez a estrada, ou quem levou a rede elétrica, veremos que Goiás tem o DNA do PMDB. E, por isso, o partido já se estrutura para essa caminhada, por que Goiás precisa que o partido retome o lugar que é dele”, relatou.

Parcerias

Mesmo defendendo a candidatura do partido ao governo, a afirmação de que a legenda precisa de parcerias apareceu na fala das principais lideranças. Iris Rezende e Maguito Vilela pontuaram a importância de unir forças com as outras frentes de oposição:

“Para 2014, PT e PMDB estabeleceram uma aliança duradoura e que não foi realizada visando uma eleição, ou duas. E os partidos que quiserem unir forças conosco terão um grande resultado nas próximas eleições. É claro que as conversas vão começar ainda, pois cada partido está fazendo suas avaliações, mas a política exige de seus agentes uma preocupação permanente. E eu entendo que as lideranças dos partidos oposicionistas em Goiás estarão permanentemente discutindo e estabelecendo projetos para o futuro”, declarou Iris.

Enquanto Maguito disse: “Na democracia, quem não faz alianças ou reúne forças, não consegue vencer eleições. Ninguém faz milagres. Mas é preciso ter projetos. O partido tem que ter bons políticos e um projeto, pois não adianta ficar discutindo nomes sem projeto para o desenvolvimento do Estado e a melhoria da qualidade de vida do povo goiano. Tendo isso, quem toca o projeto é mais fácil”, pontuou o prefeito de Aparecida de Goiânia.

Divisão na oposição?

Contudo, lideranças do PT chegaram a afirmar na semana passada que esperam apresentar candidato próprio para as eleições de 2014, o que, segundo o deputado federal Sandro Mabel, “desonraria” o acordo firmado publicamente com o PMDB. “Acredito que o PT não vá lançar candidato, pois eles têm um acordo com o PMDB. Apoiamos a campanha de Goiânia e Anápolis e publicamente, através, do Valdi Camárcio e seus líderes, declararam que apoiam o PMDB em 2014. Então, acho que o PT não tem esse direito e acredito que esse é um partido que cumpre a palavra, pois fomos muito corretos com eles. Poderíamos soltar um candidato a prefeito de Goiânia e não o fizemos para honrar o acordo”, ressaltou.

Já o deputado estadual Wagner Siqueira relatou que essa não é uma preocupação imediata do partido. “Essa situação não nos incomoda. O PT é um grande partido e o parceiro preferencial, assim como acontece a nível da União e nos municípios. E estaremos juntos nas eleições estaduais em 2014, assim como todos os partidos de oposição, como o PTN e o PSB. O nosso papel é trabalhar para que essa liderança surja naturalmente e temos a plena confiança de que esse nome irá surgir”, afirmou.

Ao que concordou o prefeito Paulo Garcia, que atendeu ao convite e participou do seminário. “Nossos partidos são maduros e que seguramente estarão juntos. São calejados e no momento oportuno saberão apresentar os nomes certos e temos vários”, disse. O nome de Paulo tem sido citado como possível candidato ao governo, assim como o de Antônio Gomide (PT), reeleito prefeito de Anápolis. Porém, o prefeito afasta a possibilidade. “Eu não sou candidato. A minha função é administrar Goiânia”, terminou.

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