Produção do setor recua em 12 das 14 regiões pesquisas pelo IBGE no mês de setembro. Goiás apresenta queda em relação a agosto, mas ainda detém o maior índice acumulado do ano, com 3,6%, mantendo-se como um dos cinco estados com números positivos.
Goiás 247_ Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a produção industrial do País sofreu um recuo no mês de setembro em 12 das 14 regiões pesquisadas. Goiás, que vinha numa crescente, também apresentou uma queda de 2,9%, mas mesmo assim o Estado ainda detém o maior índice acumulado em 2012 de 3,6%, sendo uma das poucas Unidades da Federação com índice positivo.
Também registraram perdas Rio de Janeiro (-2,7%), Paraná (-2,6%) e Santa Catarina (- 2,2%), Espírito Santo (-1,9%), Ceará (-1,6%), Minas Gerais (-1,4%), Amazonas (-1,3%) e São Paulo (-1,2%). Em todas essas áreas o recuo superou a queda média nacional (- 1,0%). Com perdas menos significativas estão os Estados de Pernambuco (-0,7%), Rio Grande do Sul (-0,4%) e Bahia (-0,1%). O Pará foi o único Estado com taxa positiva, variou 2,6% de agosto para setembro. Na Região Nordeste, o índice ficou estável.
Na análise trimestral, a indústria goiana, ao recuar 5,5% no terceiro trimestre de 2012, interrompeu cinco trimestres consecutivos de crescimento na produção. No índice acumulado dos nove meses deste ano, o setor industrial de Goiás cresceu 3,6%, impulsionado pela maior produção em quatro dos cinco setores investigado.
Destaque para o crescimento de 16,1% da atividade de produtos químicos por conta especialmente da maior fabricação de medicamentos. Acumulam ainda resultados positivos vindos a metalurgia básica (7,9%), minerais não metálicos (5,1%) e indústrias extrativas (0,9%).
Nesses ramos sobressaíram a maior produção dos itens ferronióbio, cimentos “Portland” e pedras britadas. Do outro lado, a única influência negativa sobre a média global foi verificada no setor de alimentos e bebidas (-3,0%), pressionado em grande parte pelos recuos na fabricação de milho doce preparado, leite em pó, cervejas, chope, açúcar cristal, farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja, leite, refrigerantes e carnes de bovinas frescas ou refrigeradas.
No cenário nacional, o IBGE ressalta que o setembro último teve dois dias úteis a menos do que a média histórica do mês, o que também afeta o desempenho, mesmo no indicador com ajuste sazonal. Ainda assim, diz o IBGE, o quadro seria de qualquer forma de retração da indústria em setembro. Na comparação com setembro de 2011, 12 dos 14 locais pesquisados também apontaram redução na produção. A maior queda ficou com Espírito Santo (-11,9%), pressionado em grande parte pelo comportamento negativo na produção dos setores de metalurgia básica, extrativo e de alimentos e bebidas.
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