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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Os 10 motivos que derrotaram Adib nas urnas




Passado o pleito eleitoral em Catalão, o presidente licenciado do PMDB estadual Adib Elias, que amargou derrota para seu principal adversário político, o tucano Jardel Sebba, bem poderia estar fazendo um balanço das causas do fracasso nas urnas de 7 de outubro.
A reportagem ouviu políticos, publicitários e jornalistas de diversas tendências, chegando a uma lista de 10 motivos que podem ter determinado a derrota do peemedebistas nas urnas.
1) Ausência do debate da TV Pirapitinga - Adib Elias não foi ao debate promovido pela TV Pirapitinga, como já havia feito em eleições anteriores. Sua ausência, aos olhos dos eleitores, mais uma vez deu a entender que o candidato se julga acima da necessidade de expor seus projetos para a cidade, enfrentando frente a frente seus concorrentes.
2)  Candidato à vice mal avaliado - O fato de ter escolhido Miranda Duarte como vice, pesou. Tanto que ele teve uma única aparição no programa de TV. Sem carisma, com dificuldade para se expressar, ainda por cima – e para piorar – Miranda é sócio-proprietário da empresa que há quase 30 anos monopoliza o transporte coletivo em Catalão: a Transduarte, alvo de desgastes junto aos usuários.
3) Discurso ufanista furado - O tempo todo o candidato demonstrou ufanismo, apresentando ao eleitorado uma cidade perfeita, em que tudo está resolvido, nada há para se fazer, após 12 anos em que seu grupo detém o poder. Para ele, na contramão da realidade atestada pela queixa popular, a saúde e o transporte, por exemplo, são de primeiro mundo. Acredite: esse conceito foi fartamente divulgado no horário eleitoral.
4) Marketing ineficiente - Adib depositou todas as fichas na Kanal Vídeo de Jorcelino Braga, confiando no que se pode chamar de marketing à distância. Como a Kanal tocou várias campanhas ao mesmo tempo, em regiões diferentes, Adib embarcou no kit-campanha, com programas de TV com formato padrão, jingles idênticos a de outros candidatos.
5) Peso negativo de Velomar - O prefeito Velomar Rios, em tese o principal cabo eleitoral de Adib, fez uma administração apagada, com comunicação pífia, em pouco ou quase nada capitalizando em prol de seu pretenso sucessor.
6)  Operação Ouro Negro - A Operação Ouro Negro, deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de Goiás, em 2007, apurando o superfaturamento de obras de pavimentação asfáltica, voltou à tona pelas páginas do livro intitulado “Operação Ouro Negro – História do milionário assalto aos cofres da Prefeitura de Catalão na gestão de Adib Elias”, do jornalista investigativo Cristiano Silva. O livro virou best-seller. Trazendo à luz degravação de horas de conversas telefônicas entre secretários municipais, empreiteiros e etc, esquematizando a forma de surrupiar a prefeitura, com desvio de R$ 10 milhões. A obra aguçou a curiosidade da população, numa clara evidência de que o catalano queria saber mais sobre o escândalo que manchou a história político-administrativa recente da cidade.
7) Campanha arrogante e agressiva - Diante de iminente derrota, no calor da campanha sobressaíram-se em Adib sua arrogância e agressividade, características comuns a quem, por estar há tanto tempo no poder, se julga dono do pedaço, acima do bem e do mal. Ou, como popularmente se diz, por cima da carne seca. Até o CRAC foi utilizado de forma negativa pelo ex-prefeito.
8) Fama de ficha suja - Considerado ficha suja, teve contas rejeitadas e foi condenado em diversos processos pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por promover farra com recursos do contribuinte. Antes já havia sido impedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de registrar a sua candidatura ao Senado Federal nas eleições passadas. A decisão foi confirmada em última instância pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os votos que ele recebeu nas urnas não foram computados.
9) Passadismo e olhos focados no retrovisor - Em seus programas de televisão, Adib Elias lembrou só o passado, como se tudo já estivesse feito e resolvido, pronto e acabado. Não apresentou projetos para a Catalão do futuro, portando-se com um Deus que tudo fez na cidade.
10) Militância truculenta - Como forma de intimidar, sua militância mostrou truculência na ruas, agredindo pessoas, jogando bombas na casa Jardel e no comitê do PSDB, repetindo as velhas práticas de sempre. Seguranças fortemente armados afastaram Adib do contato popular.
fonte:diante do fato.

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